Após três anos, peça que promove desconstrução do conceito feminino de Strindberg chega ao online

Senhora X, Senhorita Y | Foto: Maria Fanchin

Há três anos, a diretora, dramaturga e professora da Escola de Artes Dramáticas (EAD) da USP, Silvana Garcia, propôs uma desconstrução de um dos clássicos da dramaturgia ocidental, o solo A Mais Forte (1889), do dramaturgo sueco August Strindberg (1849-1912). 

Celebrada como uma das primeiras grandes obras do modernismo dramatúrgico, a peça apresenta um diálogo unilateral entre duas mulheres numa discussão sobre a moral e os dogmas sociais no final do século XIX.

Garcia propôs então a desconstrução do conceito levantado por Strindberg ao criar Senhora X, Senhorita Y, espetáculo que estreou em 2018 e deu voz à personagem calada da peça original. Na obra da dramaturga, ambas as personagens travam um diálogo que propõe um embate entre o conceito social de mulheres com características conservadoras e progressistas – salvas as devidas proporções.

Com bem sucedidas temporadas desde sua estreia, Senhora X, Senhorita Y chega agora ao universo online a partir do dia 22, quinta-feira, em curtíssima temporada apenas até o dia 27, terça-feira, sempre às 20h.

Estrelado por Ana Paula Lopez e Sol Faganello com a participação da performer sonora Camila Couto, o espetáculo promove um passeio por diversos papeis, explorando construções heteronormativas da figura feminino sugeridas por Strindberg.

Gratuita, a transmissão de Senhora X, Senhorita Y acontece através do canal oficial da produtora Damas Produções no YouTube.

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