Cia Provisório Definitivo arquiteta resgate da memória de Dora, guerrilheira vítima dos horrores da ditadura

A DOR A | Foto: Bob Souza

Professora primária que, ainda na juventude, se uniu à militância e à guerrilha armada contra a Ditadura Militar do Brasil (1964-1986), Maria Auxiliadora Lara Barcellos (1945-1976), mais conhecida como Dora, ganhou espetáculo para chamar de seu ainda neste 2021. 

Estrelado por Sara Antunes, Dora se mostrou obra de rica investigação digital, mas com dramaturgia menos imponente para dar conta da (breve) trajetória da jovem que acabou exilada e cometeu suicídio na Alemanha, atormentada pelos horrores do regime militar e suas táticas de tortura como meio de interrogar suspeitos.

Agora, a história da guerrilheira ganha nova chance dramatúrgica com a estreia de (A) Dor (A), espetáculo produzido pela Cia. Provisório Definitivo que chega aos palcos a partir de hoje, 08, no palco do Centro Cultural da Diversidade, no Itaim Bibi, em São Paulo.

Com texto assinado por Pedro Guilherme (que também assume a direção), (A) Dor (A) ficciona fatos reais colhidos por meio de depoimentos históricos sobre a vida e a batalha travada por Dora, e apresenta a personagem a partir de três facetas: a mulher, a guerrilheira e a torturada vividas por Ana Tardivo, Flávia Couto e Sofia Botelho. Thiago Andreuccetti e o próprio Pedro Guilherme completam o elenco.

O espetáculo segue em turnê em uma série de ensaios abertos, que seguem, ao longo deste mês de dezembro, para os palcos da Oficina Cultural Oswald de Andrade (09 e 10, às 19h), Centro Cultural da Diversidade (08 e 15, às 20h), Espaço da Cia. de Revista (16, às 21h) e no Teatro Alfredo Mesquita (17, às 21h). Os ingressos são gratuitos.

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