Coletivo Vulcão celebra meia década em erupção artística com abertura de processo, pré-estreia de obra e atividades online

Coletivo Vulcão | Foto: Alice Jardim

Criado em 2016, quando as atrizes e diretoras Elisa Volpatto, Livia Vilela, Paulo Salvetti, Rita Grillo e Vanessa Bruno encenaram, simultaneamente, os solos A Dor e Pulso, no palco do Sesc Consolação em São Paulo, o Coletivo Vulcão [criação e pesquisa cênica] celebra meia década de trajetória com uma série de atividades a partir de amanhã, 27.

O grupo se reúne, de terça a quinta-feira, 28, no canal oficial da companhia no Instagram para uma série de três lives para discutir e pensar a conexão entre o feminismo e a literatura ao lado de nomes como a pesquisadora Eliane Fitipaldi, a jornalista Mariana Delfini e a escritora Liliane Prata.

A obra em foco será Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, da escritora russa radicada em Pernambuco Clarice Lispector (1920-1977), que deu origem a Águas do Mundo, solo concebido, estrelado e dirigido por Vanessa Bruno em 2019 e que ganha sua primeira transmissão online na sextafeira, 30, através do canal oficial do coletivo no YouTube. Tanto as lives quanto a transmissão acontecem às 20h.

A partir da sexta-feira seguinte, 07 de maio, o coletivo abre o processo de produção de seu próximo espetáculo, Orlandx, baseado no romance Orlando – Uma Biografia, da escritora britânica Virginia Woolf (1882-1941) em um encontro com o público no canal oficial da companhia Corpo Rastreado no YouTube.

As artistas realizarão uma leitura do texto do novo espetáculo a fim de levantar questões sobre a dramaturgia, em processo de construção dentro da sala de ensaio. Tendo como base a obra original de Woolf, que narra a biografia de um jovem nobre inglês entre os séculos XVI e XVII que atravessa os anos até o século XX e se vê, num dado momento, dentro de um corpo feminino.

O grupo pretende então investigar as percepções do texto teatral e avaliar o tratamento dado a questões como o gênero, a sexualidade, o tempo, o humor e a crítica aos valores patriarcais. Para tanto, o Coletivo conta com as participações da dramaturga Carol Pitzer, da maquiadora trans Britney Federline e da socióloga Carla Cristina Garcia.

Já na sexta-feira seguinte, 14, o grupo segue no processo de se debruçar sobre a obra, desta vez com a participação ativa do público na reedição do projeto jantar pensamento – R U M I N A R. A plateia é convidada a discutir se a personagem-título do romance de Woolf pode ser considerado queer.

Agendado também para às 20h, o jantar conta com as presenças de Elisa Volpatto, Paulo Salvetti e Vanessa Bruno, da escritora e transfeminista Helena Vieira e da maquiadora e mestre em filosofia Magô Tonhon num diálogo sobre as possibilidades de o romance da inglesa pode estabelecer pontes com as Teorias Queers.

Já no dia 21, também sexta-feira, o grupo anuncia a pré-estreia de Rosa Choque – poema cênico musical virtual, experimento cênico escrito por Dione Carlos que traça uma relação direta entre a história da ativista paquistanesa Malala Yousafzai e as estudantes secundaristas que ocuparam as escolas de todo o Brasil no final de 2015, contra o seus fechamentos.

Tendo como influência a poesia do slam, o espetáculo conta com elenco formado por Alice Quintiliano, Bia Miranda, Gabriela Rocha, Letícia Calvosa, Lilian Regina, Lisi Andrade, Livia Vilela, Luisa Coelho, Monalisa Silva e Rita Grillo sob a direção de Vanessa Bruno. A transmissão acontece também às 20h no canal oficial da companhia Corpo Rastreado no YouTube.

Por fim, no dia 28, Elisa Volpatto, Livia Vilela, Paulo Salvetti, Rita Grillo e Vanessa Bruno realizam live memorialista para lembrar os cinco anos de trajetória do coletivo. A transmissão acontece às 20h no perfil oficial do Coletivo Vulcão no YouTube. Os ingressos de todas as transmissões são gratuitos.

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