De Sartre a Marilyn Manson, peça funde referências para discutir efeito e causa das ações humanas

Tormento | Foto: André Grynwask

Os efeitos e consequências das ações humanas quando temas como a corrupção, a soberba e o abuso entram em pauta são o norte de Tormento, peça escrita e dirigida por Eucir de Souza que estreia a partir desta sexta-feira, 19, com transmissão online.

Partindo dos estudos de Entre Quatro Paredes (1944), do escritor, dramaturgo e filósofo francês Jean Paul Sartre (1905-1980), Tormento funde referências que navegam entre as obras de nomes como o cineasta e roteirista norte americano David Lynch, o cineasta e pai do terror paulistano José Mojica Marins (1936-2020), o pintor francês Henri Matisse (1869-1954) e o roqueiro norte americano Marilyn Manson, para construir análise acerca do tempo presente.

No espetáculo, duas mulheres e um homem se encontram forçosamente conectados a uma reunião online num longo período de tempo. Suas personalidades se desenvolvem à medida que o espetáculo expõe suas histórias pregressas. Estão em cena um administrador de clínicas de saúde públicas e particulares acusado de corrupção, uma agente de jovens talentos acusada de abuso sexual e uma estrela acusada de abuso com seus funcionários, todos com suas mortes encomendadas.

Com texto arquitetado em conjunto por direção e elenco, formado por Fernanda Viacava, Márcio Mariante e Rosana Stavis, Tormento cumpre curta temporada gratuita de suas semanas com transmissão via plataforma Zoom. As sessões acontecem de sexta-feira a segunda-feira até o dia 29 de março, sempre às 23h.

Após cada apresentação, elenco e direção se reúnem para um bate-papo de discussão acerca da obra e das reflexões que ela suscita acerca do cenário sócio-político do Brasil. Os ingressos podem ser retirados via Sympla.

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