Dois anos após estrear em São Paulo, peça que gerou polêmica administrativa chega ao Rio

Um Passeio no Bosque | Foto: Kim Leekyung

Quando estreou em São Paulo, em 2019, quase 20 anos após sua primeira temporada, o drama Um Passeio no Bosque, do dramaturgo norte americano Lee Blessing, foi o pivô de uma crise administrativa e fiscal envolvendo o nome do ator e produtor Beto Bellini, acusado à época de falsificar assinaturas para conseguir a transferência de patrocínio entre duas peças dentro do edital da RioArte.

Embora não tenha havido acusação formal, o caso se arrastou ao longo dos anos e foi relembrado pela Folha de S. Paulo em reportagem de 2019, na qual apontava ainda para o fato de o produtor, impossibilitado de captar recursos em edital do ProAC SP, usou o nome da mãe como principal proponente.

É envolto nesta lembrança fiscal e administrativa que Um Passeio no Bosque chega ao palco do Solar de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, a partir desta sexta-feira, 03, para temporada até o fim deste mês de setembro.

Estrelado pelo próprio Beto Bellini ao lado de Gustavo Merighi sob a direção de Marcelo Lazzaratto e tradução de texto assinado por Bárbara Heliodora (1923-2015), Um Passeio no Bosque narra o encontro entre dois diplomatas, um jovem e um mais velho, que se encontram em uma floresta suíça para discutir o tratado de desarmamento nuclear.

A obra põe em jogo temas como os conceitos de paz, a política de armamento ao redor do mundo no último século e as políticas amistosas entre as nações. O espetáculo fica em cartaz até o dia 25 de setembro, com sessões às sextas e sábados, sempre às 20h. Os ingressos custam de R$ 20,00 (meia) a R$ 40,00 (inteira).

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