Em peça, grupo adapta conto de Machado de Assis para discutir homofobia e violências contemporâneas

A Cartomante - Foto: Herbert Baratella

Publicado originalmente em 1884, o conto A Cartomante, do escritor carioca Machado de Assis, retratava temas como traição, infidelidade e a deterioração das relações sociais através da história de um triângulo amoroso apimentado pelas previsões de uma cartomante.

Guardadas as devidas proporções, são estes os temas subvertidos pelo grupo Grito que, encabeçado pelo ator, diretor e dramaturgo Wanderley Montanholi, vem desde 2017 encenando espetáculos sobre a busca por um diálogo não violento com agressores.

“O mote do grupo é falar, através da arte, com o grupo de agressores de minorias, tentando criar uma alteração social no grupo que mais atinge hoje o desenvolvimento social igualitário”, conceitua Montanholi, que idealizou, dirige e atua na adaptação do conto de Assis.

Na encenação, dois amigos de infância descobrem desde cedo uma paixão que acaba proibida por suas famílias. Sem perder contato, os dois vislumbram, com o passar dos anos, a possibilidade de viver este amor, mesmo precisando lidar com a imposição contrária da família, da sociedade e de um casamento arranjado.

Com elenco formado por Débora Delta, Fernanda Ciardi, Renan Mansur, Thaís Tresoldi e Montanholi, A Cartomante estreia no dia 02 de abril no Teatro West Plaza, onde cumpre temporada até o dia 13 de agosto.

Com sessões às 20h30, o espetáculo fica em cartaz todas as quintas-feiras, com ingressos de R$ 25,00 (meia) a R$ 50,00 (inteira).

Notícias relacionadas