Em projeto de linguagem múltipla, Eriberto Leão vive astronauta em processo de viagem e autoconhecimento

Eriberto Leão - Foto: Bárbara Lopes

Se olharmos em retrospecto, as lives cênicas surgidas em meados de março junto ao paralisação do mercado cultural graças a pandemia do novo Coronavírus soam rudimentares frente às revoluções do híbrido entre cena e tecnologia promovida por encenações de grupos como a Armazém Companhia de Teatro, a Cia. Pequeno Ato e o grupo Os Satyros, além de obras como Peça, de Marat Descartes e Pandas… ou era uma Vez em Frankfurt, de Bruno Kott, Mauro Schames e Nicole Cordery.

As experiências têm se tornado cada vez mais constantes, e já chegaram até a grupos como o tradicional Tapa que, timidamente, deu os primeiros passos a caminho desta nova realidade com duas lives cênicas em junho e em agosto (A Mais Forte, com Clara Carvalho, e Diálogos com os Personagens, com Brian Penido Ross, respectivamente), além de inspirar uma espécie de prólogo para obras que ainda serão encenadas em espaços tradicionais (Presente de Grego, de Gal Spitzer).

Agendado para estrear no próximo dia 20 de agosto, quinta-feira, O Astronauta, experiência cênica estrelada por Eriberto Leão sob a direção de José Luiz Jr. é uma espécie de híbrido entre as linguagens que têm ganhado cada vez mais espaço no cenário do teatro digital.

Para encenar a história de um astronauta que se prepara para uma longa viagem, Leão gravou uma websérie de oito capítulos, que flagra a preparação do profissional para a viagem espacial, uma minissérie de 3 capítulos imersiva no universo intergalático e, por fim, a peça que narra o caminho da viagem.

Com textos assinados por Eduardo Nunes, o espetáculo multilinguístico será apresentado na redes sociais da obra, com transmissão via Youtube, Instagram e Facebook. As apresentações são gratuitas e acontecem a partir das 17h, com a disponibilização de um capítulo novo da websérie, da série e a apresentação da obra.

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