Estrelado por Dione Carlos, espetáculo resgata trajetória da primeira cantora negra a se apresentar na Ópera de Paris

Maria D'Apparecida Luz Negra | Foto: Zé Luis PS

A vida e a trajetória artística de Maria D’Apparecida (1926-2017), cantora lírica carioca que se sagrou a primeira negra a cantar na Ópera de Paris, substituindo Maria Callas (1923-1977) no papel principal da encenação de Carmen, de Bizet, na década de 1960, entram em cena a partir de 11 de agosto, quando estreia Maria d’Apparecida: Luz Negra, espetáculo que reconta a história da artista num processo de repatriamento.

Escrito e estrelado por Dione Carlos, o espetáculo será transmitido em cinco únicas sessões nas redes oficiais do Centro Cultural São Paulo. Sob a direção de Luiz Fernando Marques, a obra foi registrada em junho, e chega ao universo online em forma seriada.

Em quatro capítulos, Carlos narra desde a vida humilde da cantora carioca, passando por sua descoberta no canto lírico e o processo de racismo que fez com que deixasse o Brasil e construísse carreira na França, até o processo de repatriamento de sua história.

Acompanhada em cena do músico e cantor Rodrigo Mercadante, Dione Carlos volta aos palcos como atriz neste espetáculo que também joga a artista em outra seara: o canto. O espetáculo enfileira canções que fizeram parte do repertório lírico da cantora. 

Lutando contra o apagamento histórico de figuras como a de D’Apparecida, o espetáculo Maria D’Apparecida Luz Negra cumpre curta temporada apenas até o dia 15 de agosto, domingo, sempre às 20h30. Os ingressos são gratuitos.

Notícias relacionadas