Janaína Leite abre processo de espetáculo em que pesquisa o olhar para a pornografia

Janaína Leite - Foto: Fernanda Preto

Atriz, diretora e dramaturga vencedora do Prêmio Shell, Janaína Leite abre o processo de pesquisa de seu novo espetáculo Ensaios Escopofílicos para uma História do Olho agendado para chegar aos palcos em 2022, com uma série de três performances abertas ao público.

A partir do dia 23, sexta-feira, Leite estreia a primeira das três performances nas quais abre os caminhos para pesquisar o mercado da pornografia, a produção artística dentro desta seara e o condicionamento do olhar para este universo. Na primeira performance, Camming 101 Noites, a artista analisa o trabalho das camgirls enquanto Sherazades – de As Mil e Uma Noites.

A performance, apresentada anteriormente dentro da programação da plataforma MIT+, da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp), põe as profissionais deste mercado como a clássica personagem da seleção de contos árabes, que precisam entreter os clientes pelo máximo de tempo possível.

No sábado, 24, a artista se embrenha por um dos capítulos de História do Olho, novela do escritor francês Georges Bataille (1897-1962) que inspira o espetáculo do próximo ano. Intitulada Pornoshow: O Armário Normando, a performance usa do prólogo do livro de Bataille para desenvolver uma experiência virtual por meio da plataforma Zoom.

Por fim, no domingo, 25, Leite apresenta Camming 1×1, no qual performa para um espectador por vez durante meia hora entre as 18h e às 24h. Na sexta e no sábado, as sessões acontecem às 23h.

Os ingressos para Camming 101 Noites custam de R$ 20,00 a R$ 40,00; O Pornoshow: O Armário Normando, por sua vez, conta com ingressos gratuitos. Camming 1×1, por sua vez, conta com ingressos a R$ 40,00 com sala restrita a 12 participantes – um por vez

Para a concepção das performances e do espetáculo, Leite contou com a colaboração de nomes como a camgirl Anita Saltiel, o artista e produtor de conteúdo adulto André Medeiros Martins e de Lara Duarte e Lillah Halla, assinando o dramaturgismo.

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