Jéssica Barbosa investiga silenciamento feminino no ambiente manicomial em primeiro solo

Em Busca de Judith | Foto: Fernando Dias

Quantas e quais vozes foram silenciadas ao longo de séculos dentro do sistema manicomial brasileiro? E destas vozes, quantas eram femininas? Guardadas as devidas proporções, estes são os questionamentos que cercam Em Busca de Judith, solo de estreia da atriz baiana Jéssica Barbosa que chega ao universo online a partir de amanhã, 16, em curta temporada gratuita.

Indicada ao Troféu Raça Brasil, Barbosa parte de histórias de sua família para construir a obra que narra a história de uma mulher em busca da verdade sobre o destino de sua avó paterna, internada em um manicômio e nunca considerada apta a voltar a viver em sociedade até o dia de sua morte, em 1958.

Encenado em espaços desativados da antiga Colônia Juliano Moreira do Rio de Janeiro, onde ficou internado o artista plástico Arthur Bispo do Rosário (1909/1911-1989), o solo conta com a direção de arte do músico e diretor Pedro Sá Moraes, que também assina trilha original e a dramaturgia ao lado de Barbosa, e com a participação em off da lendária atriz Léa Garcia.

Caracterizada como teatro-canção, Em Busca de Judith cumpre temporada dupla. Do dia 16 ao dia 23 de março, em sessões duplas às 15h e às 20h, o espetáculo fica em cartaz com transmissão via Zoom e com ingressos que podem ser retirados via Sympla. Já de 23 a 29 de março, a obra ficará disponível no canal oficial da atriz no Youtube.

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