Jessica Madona encara o reconhecimento da negritude em performance inspirada por caso George Floyd

Todos te Amam até Você se Assumir Preta | Foto: Vinicius Francês

Em 25 de maio de 2020 o segurança afro-americano George Perry Floyd Jr (1973-2020) foi assassinado por Derek Chauvin, policial branco que se ajoelhou no pescoço de Floyd após detê-lo em uma abordagem na cidade de Mineápolis, nos Estados Unidos. O caso fez com que uma onda de protestos explodisse nos Estados Unidos culminando com o fortalecimento do movimento Black Lives Matter.

No Brasil, movimentos similares surgiram para lembrar a importância de vidas pretas em um país marcado por uma política de extermínio de pessoas negras e pobres. Caminhando pelas análises do racismo brasileiro, a performer Jessica Madona gestou Todos te Amam até Você se Assumir Preta, performance que retorna ao universo online a partir de domingo, 07 de março.

Idealizado, escrito e estrelado por Madona, o solo performático busca narrar o processo de reconhecimento de sua intérprete enquanto uma mulher preta e o que essa afirmação movimenta na sociedade ao seu redor.

Inspirada na obra de nomes como psiquiatra caribenho Frantz Fanon (1925-1961), a multiartista portuguesa Grada Kilomba e da poeta e ativista peruana Victoria Santa Cruz (1922-2014), Todos te Amam até Você se Assumir Preta é produzida pela Coletiva 3 de Nós sob a direção de Kamilla Neves e Savina João, e cumpre curta temporada via Zoom até o dia 17 de março.

As sessões acontecem de quarta-feira a domingo, de 07 a 10 e de 14 a 17 de março, sempre às 20h. Os ingressos são gratuitos.

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