Mário Bortolotto encena primeira peça de Plínio Marcos, censurada por 20 anos

Barrela | Foto: Divulgacao

Autor considerado maldito na dramaturgia brasileira, Plínio Marcos ganhará, a partir do dia 30 de gosto, uma nova encenação de sua seminal obra Barrela, gestada em 1958 quando, aos 21 anos de idade, o autor de Navalha na Carne (1967) ainda engatinhava na escrita dramatúrgica.

A encenação será assinada por Mário Bortolotto, um dos diretores mais importantes e produtivos do underground paulistano, e fica em cartaz de 30 de agosto a 27 de outubro no Teatro Cemitério de Automóveis, na Consolação. As sessões acontecem de sexta-feira a domingo, Às 21h (sextas e sábados) e às 20h (domingos).

Baseada na história verídica de um jovem garoto de Santos preso e violentado em sua cela, a oba narra o dia adia do submundo criminal frente às regras estipuladas por um código penal exclusivo. A peça foi censurada por 20 anos, tendo sido montada apenas em 1978, no início da abertura política frente à ditadura militar vigente na época, e foi levada ao cinema e 1990 por Marco Antonio Cury, com Marcos Palmeira, Paulo César Pereio e Chico Diaz no elenco.

Notícias relacionadas