Mateus Monteiro traça paralelo entre Caio Fernando Abreu e o isolamento contemporâneo ao estrear nas lives cênicas

Amarelo Distante - Foto: Heloísa Bortz

Em meados de 2019, o ator indicado ao Shell Mateus Monteiro embarcou para Londres, na Inglaterra, prestes a dar início a seus estudos de mestrado. Impedido de retornar ao Brasil em maio deste 2020, como o previsto, o ator estreia amanhã, 07, nas lives cênicas com Amarelo Distante, espetáculo que estrelou em 2017 sob a direção de Kiko Rieser.

Ironicamente, Amarelo Distante é texto escrito por Rieser baseado nos contos escritos pelo gaúcho Caio Fernando Abreu (1948-1996) como resultado de seu próprio período de isolamento na capital inglesa na década de 1970.

Partindo de Lixo e Purpurina, estruturado com base nos diários que o autor escreveu durante seu isolamento, narrando as dificuldades financeiras, a saudade de casa, a falta da família, a solidão e o sentimento de não-pertencimento, Amarelo Distante flagra um homem exilado na mesma Londres que abriu Abreu e agora isola Monteiro.

A personagem então faz uma espécie de inventário, relembrando amores, passagens da vida e sentimentos como a solidão e o não-reconhecimento, além das dificuldades de criação. A live cênica acontece a partir das 21h nas redes oficiais do Teatro Paulo Eiró no Instagram e no Facebook.

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