Celebrando 25 anos de carreira, Nicole Cordery esgota ingressos de tragédia contemporânea e ensaia solo

Nicole Cordery em Terra Medeia | Foto: João Caldas

Embora não faça alarde, a atriz e produtora carioca Nicole Cordery celebra, neste 2021, 25 anos de trajetória artística iniciada em 1996 com a montagem de Noite de Reis, de William Shakespeare (1564-1616), sob a direção de Moacir Chaves. 

Marcada por incursões em obras dramatúrgicas clássicas e de autores contemporâneos. Radicada em São Paulo desde meados de 2000, Cordery desenvolveu parceria com grupos como o clássico Tapa, além de diretores como Bruno Perillo, Dan Rosseto e a sueca Bim de Verdier.

É com essa última que a artista marca a celebração de suas duas décadas e meia de trajetória alicerçada no teatro. A dupla retoma a parceria iniciada em meados de 2014 com a encenação de Dissecar uma Nevasca, da sueca Sara Stridsberg, obra que rendeu a Cordery uma indicação ao Prêmio APCA. Agora as artistas se debruçam sobre Terra Medéia, recriação contemporânea da clássica tragédia de Eurípedes.

Com texto assinado também por Stridsberg, a obra joga luz sobre uma Medéia moderna em meio às discussões sobre os refugiados que perderam o direito a retornar às suas terras. Montado online num processo que reúne no elenco André Guerreiro Lopes, Daniel Ortega, Renato Caldas e Rita Grillo, além de Cordery e Verdier, a obra segue em temporada até o dia 13 de junho com ingressos progressivamente esgotados.

Especialista na investigação dos espetáculos online, Cordery foi nome essencial nas discussões sobre a modalidade digital, popularizada devido à pandemia do Coronavírus. Ao lado de Mauro Schames, a artista estrelou o duo Pandas… ou Era uma vez em Frankfurt, adaptação de A História dos Ursos Pandas (Contada por um Saxofonista que tem uma Namorada em Frankfurt), do romeno Matéi Visniec, sob a direção de Bruno Kott. 

Embora tenha encerrado longa e bem sucedida temporada online em 2020, a obra segue em apresentações esporádicas ao longo de 2021.

Em paralelo, a atriz ensaia Apnéia, solo escrito pelo dramaturgo e psicanalista Jarbas Capusso Filho sob a direção de Joana Dória, outra parceira de obras passadas. O espetáculo é pensado para uma temporada com a presença do público. Quem viver…

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