Diva do underground paulistano, Phedra D. Córdoba ganha peça sobre entrevistas com Miguel Arcanjo Prado

Entrevista com Phedra | Foto: Annelize Tozetto

Atriz trans que se notabilizou como um dos melhores expoentes do teatro de revista latino americano do século XX, a cubana Phedra de Córdoba chegou ao Brasil em 1958, atendendo a um convite de Walter Pinto, um dos mais importantes empresários do teatro carioca entre as décadas de 1940 e 1960.

Sua carreira, contudo, só foi definitivamente reconhecida em 2003, quando passou a integrar a companhia paulistana de teatro Os Satyros, fundada por Rodolfo García Vázquez e Ivam Cabral. A partir de então, tornou-se a diva da Praça Franklin Roosevelt, onde a sede da companhia de mantém até hoje, construindo uma trajetória teatral que influenciou uma série de jovens artistas e outros profissionais das artes, entre eles o jornalista Miguel Arcanjo Prado, que estreia como dramaturgo na noite de hoje, 08, no Espaço Satyros Um.

Em Entrevista com Phedra, Arcanjo põe em cena o registro de seus encontros com a diva cubana morta em 2016 aos 77 anos de idade. Na peça, o dramaturgo traça uma espécie de perfil biográfico de Córdoba através das palavras da diva, interpretada em cena por Márcia Dailyn, atriz que se notabilizou como a primeira bailarina trans do Theatro Municipal de São Paulo, e hoje carrega o título de diva da Praça Franklin Roosevelt.

O papel do jornalista ficará a cargo de Raphael Garcia e a direção é dividida pelo ator e diretor argentino Juan Manuel Tellategui com o diretor Robson Catalunha, a quem a atriz chamava de “pequeno notável”.  Entrevista com Phedra recebeu sua primeira leitura pública em 2016, pouco após a morte da diva, durante o evento anual Satyrianas.

A temporada segue até o dia 02 de setembro, no Espaço Satyros Um, todas as segundas-feiras às 21h. Os ingressos custam R$ 40,00.

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