Escritor que revolucionou a literatura brasileira, Rubem Fonseca pisou com firmeza na seara teatral

Rubem Fonseca - Foto: Divulgação

Morto na tarde desta quarta-feira, 15, no Rio de Janeiro aos 94 anos de idade, vítima de um ataque cardíaco, o escritor mineiro Rubem Fonseca construiu, ao longo de  quase 60 anos, obra considerada revolucionária e moderna dentro do cenário literário brasileiro. Seus contos e romances lhe renderam premiações do quilate do Prêmio Camões e do Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Tamanha importância, sua obra extrapolou o cenário da literatura, recebendo adaptações para as mais diversas mídias. No teatro, obras como Lúcia McCartney (1967) e O Cobrador (1979) foram campeãs de adaptações.

O autor também enveredou pela seara teatral ao escrever obras como O Inimigo (1993), protagonizada por Heloísa Périssé, Luiz Carlos Tourinho (1964-2008), Bia Junqueira e Cláudio Lins, Idiotas que Falam Outra Língua (2004), sob a direção de Moacir Chaves, além da clássica adaptação de Lúcia McCartney (1984), em montagem protagonizada por Tony Ramos, Scarlet Moon de Chevalier e Maria Padilha no papel-título.

Fonseca assinou ainda a adaptação de Hedda Gabler, clássico de Henrik Ibsen (1828-1906), que ganhou montagem equivocada em 2006 protagonizada por Virginia Cavendish sob a direção de Walter Lima Jr.

O autor chegou a se envolver, nos últimos vinte anos, em adaptações de textos como A Tempestade, de William Shakespeare, e A Coleira do Cão (1965), de sua autoria. Projetos que nunca chegaram a ver a luz do refletor, mas deixaram clara a plena vocação do autor para o fazer teatral – fazer este que jamais abandonará sua (magistral) obra.

Montagem de Lúcia McCartney com Maria Padilha em 1987
Montagem de Lúcia McCartney com Maria Padilha em 1987
Montagem de Hedda Gabler, com Virgínia Cavendish em 2006
Montagem de Hedda Gabler, com Virgínia Cavendish em 2006

Notícias relacionadas