Fechado desde 2018, Teatro Augusta não reabrirá as portas para novo espaço cultural

Teatro Augusta | Foto: Divulgação

Inaugurado há 46 anos, em 1973, o Teatro Augusta, localizado na Rua Augusta, em São Paulo, encerrou suas atividades de forma discreta no final do ano de 2018. Administrado até então pelos produtores Isabel Pessoa e Tiago Pessoa, o espaço não contou com programação especial, nem mesmo anunciou o fechamento de suas portas, contando apenas com a instalação de uma placa com o anúncio de aluguel colada à fachada.

Em contato com a imobiliária Taylor Imóveis, responsável pela locação do imóvel, a reportagem apurou que o proprietário não pretende voltar a locar o espaço para o funcionamento de outro espaço cultural. Alguns problemas de imbróglio administrativo com gestões passadas seria uma das razões da desistência em manter o espaço funcionando como um vetor cultural.

Toda a estrutura das duas salas que compunham o teatro (Sala Paulo Goulart, com capacidade de 302 lugares e a Sala Experimental, com capacidade para até 50 lugares) já começou a ser desmontada, deixando o imóvel vago para outros tipos de comércio.

Com o título de Auditório Augusta, o espaço abriu suas portas em 1973 sob a curadoria de Sérgio Person, que permaneceu ligado ao espaço até 1995, quando o auditório, enfrentando graves crises financeiras, fechou as portas. Dois anos depois, em 1997, se inicia um movimento de revitalização do espaço, concluído apenas em 1999 com a reinauguração do teatro, que, em 2015, batizou seu salão nobre com o nome do ator Paulo Goulart, falecido no ano anterior.

O espaço já recebeu espetáculos de nomes importantíssimos, como Irene Ravache, Rosi Campos, Antônio Abujamra, Bete Coelho, Suely Franco, Eduardo Martini, Mariana Ximenes, Stella Miranda, Luís Salém, Dan Rosseto e uma série de outros nomes que ajudaram a manter o espaço vivo por mais de quatro décadas.

Notícias relacionadas