Mago da cenografia, Carlos Eduardo Colabone sai de cena aos 60 anos

Carlos Colabone - Foto: Divulgação

Saiu de cena na madrugada desta quarta-feira, 27, vítima de uma parada cardíaca, o cenógrafo, figurinista e ator paulista Carlos Eduardo Colabone (1960-2020), responsável por assinar cenários e figurinos icônicos no teatro paulistano.

Nascido na cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo, Colabone chegou a capital aos 18 anos de idade, quando, em meados da década de 1980, foi abrigado pelo Teatro de Arena sob a direção de Fauzi Arap (1938-2013), pra quem assinou a cenografia de obras como Risco e Paixão (1989) e A História Acabou (1991).

A cenografia se tornou uma de suas grandes paixões a ponto de, em 1994, assinar o cenário da icônica montagem de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues (1912-1980) sob a produção do Grupo Tapa e direção de Eduardo Tolentino de Araújo. O trabalho lhe rendeu um Prêmio Molière, honraria máxima do teatro nacional até então.

Presença bissexta nos palcos, Colabone estreou justamente em Risco e Paixão, no papel de um terapeuta ao lado da atriz Noemi Marinho. Sua última passagem pelos palcos foi em 2019, na peça Reflexo Guimarães, de Gonzaga Pedrosa. Colabone ficou conhecido ainda por sua atuação como arte-educador e como um dos jurados mais ativos do Prêmio Shell de São Paulo.

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