“O conservadorismo tem alimentado a sociedade com discursos odiosos”, analisa Leandro Luna, que vive drag em busca de se reconectar com o pai

Leandro Luna em A Vela | Foto: Caio Gallucci

É assim, com visagismo assinado por Márcio Merighi, que Leandro Luna aparecerá em A Vela, drama escrito por Raphael Gama no qual dá vida à drag queen Emma Bovary. Sob a direção de Elias Andreato, o ator e produtor dividirá a cena com Herson Capri no espetáculo que chega ao universo online em sessão única agendada para o dia 19 de agosto, quinta-feira.

A apresentação compõe a programação do projeto Palco Instituto Unimed-BH em Casa. Gravado diretamente do palco do Teatro Claro Rio, o espetáculo será transmitido através dos canais oficiais do teatro carioca e do Sesc Minas, no YouTube. A produtora Pólobh também realiza a transmissão simultânea, que pode ser vista ainda pelo canal 264, da Claro TV. 

O espetáculo narra o reencontro de um pai e um filho, rompidos desde que o pai, e um professor aposentado, expulsou o filho de casa por não aceitar sua orientação sexual e sua escolha pela arte drag.

“Quando li A Vela, me senti extremamente tocado e vi a grande oportunidade de levar para o palco um espetáculo que aborda as relações humanas, em meio a feridas familiares das quais todos temos e nos identificamos”, declara Luna, que, ao lado da sócia Priscilla Squeff, assina a produção do espetáculo.

“Estamos vivendo tempos muito polarizados, onde o conceito de moral e conservadorismo têm alimentado a sociedade com discursos odiosos, segregacionistas, ao invés de criar o diálogo respeitoso e democrático. Precisamos, através da arte, propor o discurso de temáticas que incentivem o respeito entre os indivíduos, principalmente a partir do ponto de vista da educação familiar”, diz.

A Vela cumpre sessão única agendada para às 20h30, entretanto uma temporada virtual está programada para entrar em cena a partir de outubro. A transmissão é gratuita.

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