Regina Duarte é exonerada da Secretaria da Cultura; Mário Frias vira incógnita no cargo

Regina Duarte deixa oficialmente Secretaria da Cultura - Mário Frias ainda é incógnita

Foi publicada na manhã de hoje, 10 de junho, em edição do Diário Oficial da União (DOU) a exoneração da atriz Regina Duarte do cargo de Secretária Especial da Cultura. No documento, a saída da ex-secretária está caracterizada como a pedido”.

Duarte deixa o cargo apó uma série de críticas da classe artística por sua falta de políticas voltadas ao mercado, que vem sofrendo com a pandemia do novo Coronavírus, que, ao fechar teatros, cinemas e museus, impede o sustento de profissionais com ofício sazonal.

A permanência da atriz no cargo se tornou insustentável após desastrosa entrevista na rede CNN, na qual Duarte minimizou as mortes e torturas no período da Ditadura Militar Brasileira, e se recusou a escutar apelo da atriz Maitê Proença, deixando a entrevista ao vivo.

Saindo do cargo, a atriz anunciou que assumiria a diretoria da Cinemateca, em São Paulo, contudo, após manifesto assinado por profissionais do órgão, a nomeação da atriz foi cancelada até segunda ordem.

Para assumir a Secretaria Especial da Cultura foi escalado o ator e apresentador Mário Frias, franco apoiador do governo de Jair Messias Bolsonaro (Sem Partido). Contudo, apesar de ter aceito o cargo, as chances de Frias assumir se tornaram uma incógnita. De acordo com reportagem publicada por Ricardo Feltrin em sua coluna no Uol no último dia 07 de junho, o nome de Frias não é bem aceito nas alas militares e olavistas do governo Bolsonaro.

Ambas as alas têm indicações para o cargo, e o nome de Frias não seria forte o suficiente para as necessidades políticas que a pasta demanda. O ator, portanto, ainda não tem data para ser nomeado e, caso seja, terá que enfrentar dificuldade ainda maior do que Regina Duarte que, embora também não tivesse força para fazer política pela classe, tinha alguma proteção do Governo Federal.

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