É sintomático que a Broadway, o maior e mais importante conglomerado de teatros dos Estados Unidos, adie a reabertura de seus teatros após o presidente republicano Donald Trump testar positivo para o novo Covid-19.
Fora de controle, a pandemia nos Estados Unidos fechou, em março, todos os teatros e tirou uma série de produções de cartaz, entre eles o hit infantil Frozen, produzido pela major Disney.
Com o estado de saúde do presidente, à risca, ainda um mistério, a economia tem reagido com cautela, causando quedas sucessivas na Bolsa de Nova York e uma instabilidade da confiança do mercado no governo do republicano. Tendo em vista o cenário, a Broadway League, responsável por responder pelas temporadas de espetáculos em cartaz na avenida em NY decidiu repensar a reabertura de seus teatros, prevista inicialmente para janeiro.
Sem poder garantir a segurança do público e sem prever segurança econômica, a liga de teatros escolheu manter seus espaços ainda em espera, de acordo com breve comunicado cedido com exclusividade para o Observatório do Teatro.
“Não temos segurança financeira para que as produções retornem. Não haverá investimento da iniciativa privada e não podemos garantir a presença maciça do público enquanto não houver o retorno do turismo”, declarou a instituição em nota.
Espetáculos previamente agendados para retornar em janeiro, como Suite Plaza Hotel, com Sarah Jessica Parker e Matthew Broderick, e o blockbuster Chicago não têm mais data prevista para reestrear. “A conta não fechará e, por enquanto, é mais lucrativo que mantenhamos as produções em modo de espera”, finalizou o comunicado.