Coletivo A Digna encerra trilogia com espetáculo em que motoristas buscam o público em suas casas

Estilhaços de Janela | Foto: Alécio Cezar

Celebrando neste 2021 onze anos de trajetória artística, o coletivo A Digna, anuncia o encerramento de sua trilogia do despejo, iniciada em 2014 com a encenação de Condomínio Nova Era, e seguido em 2016 pela montagem de Entre Vãos. Nas obras, o grupo se propunha o diálogo do teatro com as cidades, superando dificuldades impostas pelos espaços urbanos.

Agora, o grupo se prepara para estrear Estilhaços de Janela Fervem no Céu da Minha Boca, obra em que busca discutir a precarização das relações de trabalho. Para levar a discussão para o campo cênico, o grupo convidou 12 motoristas, que encenarão o espetáculo buscando o público em suas residências.

A ideia é que o espetáculo se passe a partir destas corridas, que tem como destino o bairro da Barra Funda, zona oeste da capital, onde será lançado um novo empreendimento imobiliário. Cinco ciclistas, componentes do coletivo Señoritas Courier, fazem parte do coro do espetáculo sob a direção de Eliana Monteiro, do Teatro da Vertigem.

Agendada para o dia 09 de outubro, a estreia de Estilhaços de Janela Fervem no Céu da Minha Boca cumpre temporada até o dia 28 de novembro, com sessões aos sábados, domingos e feriados sempre às 18h30. Os ingressos custam de R$ 10,00 (meia) a R$ 20,00 (inteira).

Escrito por Victor Nóvoa, co-fundador do coletivo A Digna ao lado de Ana Vitória Bella e Helena Cardoso, Estilhaços de Janela Fervem no Céu da Minha Boca é obra já publicada em livro e lançada em 2019 em edição da Editora Patuá.

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