Espetáculo investiga violências cotidianas ao narrar herança maldita da ditadura argentina

Mulheres Sonharam Cavalos | Foto: Cassandra Mello

Período histórico que durou entre 1966 e 1973, a Ditadura Militar na Argentina entrou para a história como um dos períodos mais conturbados da história do país, deixando legado de crise política, social e econômica que, 20 anos depois, ainda cobrava seu preço. Consciente do cenário sócio político de seu país, o dramaturgo Daniel Veronese escolheu um dos recortes mais trágicos do período para discutir a herança deixada pelo regime militar em seu país.

A retirada de crianças dos seios de suas famílias como meio de enfraquecer o movimento militante contrário ao regime é o que rege Mulheres Sonharam Cavalos, espetáculo escrito por Veronese em 1993, em que ele narra o encontro de três irmãos e suas respectivas esposas para um jantar.

Com um relacionamento conturbado, o trio vive no limite do abismo, com memórias soterradas, mágoas passadas e relacionamentos nunca resolvidos. Em paralelo, um dos irmãos tenta buscar informações que o levem ao que considera ser sua verdadeira família, da qual supostamente foi separado na infância.

Sob a direção e versão de Malú Bazan, Mulheres Sonharam Cavalos cumpre temporada a partir deste sábado, 13, no espaço º Andar, em Campos Elíseos, zona central de São Paulo.

Com elenco formado por Anna Toledo, Erica Montanheiro, Rita Pisano, Bruno Perillo, Gustavo Trestini e Haroldo Miklos, o espetáculo cumpre sessões de quinta-feira a domingo, até o dia 06 de dezembro, sempre às 20h15. Os ingressos são gratuitos.

Notícias relacionadas