Planejado desde meados de 2018, a montagem de Sérgio Módena para o clássico Longa Jornada de um Dia Noite Adentro, do norte americano Eugene O’Neill (1888-1953), parece estar em desenvolvimento para finalmente sair do papel e ganhar os palcos. Pelo menos é o que garantiu a atriz em live nesta quinta-feira, 03, no instagram do diretor, pesquisador teatral e jornalista Pedro Leão.
A ideia é que a montagem chegue aos palcos tão logo o mercado cultural reaqueça com o controle da pandemia do novo Coronavírus. Mas a presença de Torre na montagem ainda depende de um detalhe precioso: a participação do amigo e parceiro profissional Elias Andreato na produção.
De acordo com a atriz, há um mutirão tentando convencer o ator e diretor a compor o elenco da peça considerada uma das grandes obras-primas da dramaturgia norte americana e um dos principais textos de O’Neill, montado em 1956, três anos após sua morte.
Na obra, o dramaturgo narra um dia na vida de sua família que, aos poucos, se mostra disfuncional, e precisa lidar com seus vícios e problemas. A personagem de Torre, Mary Cavan Tyrone, uma personificação da mãe de O’Neill, é viciada em morfina e vê a vida passar como se rejuvenescesse.
Na Broadway, a última montagem da obra, em 2016, rendeu um prêmio Tony à Jessica Lange no papel que caberá a Torre na montagem brasileira. A última encenação tupiniquim da obra aconteceu em 2003, com Cleyde Yáconis (1923-1913) no papel de Mary, e Sérgio Britto (1923-2011) na pele de James Tyrone, o ansioso, melancólico e vaidoso patriarca da família. O papel caberá, na montagem de Módena, a Elias Andreato caso aceite entrar na produção. Quem viver…
Confira a entrevista completa de Ana Lúcia Torre para Pedro Leão: