Coletivo Impermanente se desnuda para encenar solos confessionais em primeira obra presencial

Atores desnudam histórias íntimas em O que Meu Corpo Nu te Conta | Foto: Otto Blodorn

Quando a pandemia do coronavírus congelou o mercado cultural, relegando número exponencial de artistas ao universo digital, Marcelo Varzea mergulhou em série de encontros semanais com grupos de artistas para ministrar workshops sobre o processo da autoficção, linguagem na qual baseou seu primeiro tiro dramatúrgico, o solo confessional Silêncio.Doc, de 2016.

Desta série de encontros, o ator e diretor reuniu uma série de artistas que mergulharam em produções contínuas, e assim deu vida ao Coletivo Impermanente, que, entre 2020 e 2021, criou projetos voltados ao digital, entre eles três volumes da série de mini solos (In) Confessáveis, com histórias verídicas narradas em primeira pessoa.

Agora, o coletivo se prepara para sua primeira incursão fora do universo online com a produção de O Que meu Corpo Nu te Conta?, coletânea cênica de mini solos também confessionais, nos quais 13 atores e atrizes narram histórias de abuso, assédio e de construção e relação com seus corpos.

Os artistas subirão ao palco nus e, num jogo de cena, a plateia será convidada a escolher de quais corpos querem ouvir a próxima história a ser contada.

Com texto assinado por Marcelo Varzea, que também assume a direção, o Coletivo se divide ao longo dos solos com elenco formado por Conrado Costa, Daniela D’eon, Lana Rodhes, Pamella Machado, Letícia Aves, Veronica Nobile , Ellen Regina, Agmar Beirigo, John Seabra, Thiene Garrido, Ana Bahia, Flavio Pacato , Daniel Tonsig,  Renan Rezende, Oscar Fabião e Vini Hidecki sob a direção de movimento de Erica Rodrigues.

Antes de embarcar em temporada – prevista para 2022 -, o espetáculo ganhará duas sessões de pré-estreias fechadas para convidados no mês de dezembro, e deve compor a programação de pelo menos um festival ainda neste 2021. Quem viver…

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