Nos dez anos da morte de José Saramago, relembre o diálogo do romancista com o teatro

José Saramago - Foto: Divulgação

Quando saiu de cena em 2010 aos 88 anos de idade, o romancista português José Saramago já havia construído monumental obra literária que lhe rendeu, além de sucesso e reconhecimento a nível mundial, um Prêmio Nobel de Literatura e centenas de outras honrarias ao redor do mundo

O escritor também se aventurou pelo teatro, escrevendo obras como A Noite, Que Farei com Este Livro?, A Segunda Vida de Francisco de Assis, In Nomine Dei e Don Giovanni ou O Dissoluto Absolvido, todos já publicados, mas ainda inéditos em palcos brasileiros.

Embora não se considerasse como um dramaturgo, Saramago construiu romances facilmente levados para o teatro. Foi o que aconteceu com obras como O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), adaptada por Maria Adelaide Amaral e montada em 2001 em São Paulo sob a direção de José Possi Neto, com Eriberto Leão e Maria Fernanda Cândido nos papéis de Jesus Cristo e Maria Madalena.

No mesmo 2001, O Conto da Ilha Desconhecida (1997) ganhou adaptação infanto-juvenil assinada por Marcelo Lazzaratto e sua Cia Elevador Panorâmico de Teatro, com o título de A Ilha Desconhecida que permaneceu em cartaz no Teatro Cultura Artística e no lendário TBC, ambos em São Paulo.

Com o tempo, outras obras baseadas ou adaptadas dos títulos de Saramago surgiram nos palcos tupiniquins, entre eles O Barqueiro ou O Ensaio Sobre a Liberdade Solitária, de 2017, baseado no mesmo O Conto da Ilha Desconhecida e apresentado em Curitiba durante a Fringe do Festival de Curitiba. No mesmo ano, em Salvador, o conto recebeu nova adaptação infanto-juvenil.

Já em 2019 foi a vez do romance Ensaio Sobre a Lucidez (2004) ganhar os palcos em São Paulo da Cia. da Revista sob a direção de Fernando Nitsch. Com texto assinado por Marcos Barbosa (e dramaturgismo de Gustavo Assano), o elenco foi formado por Adriano Merlini, André Maia, Edgar Bustamante, Gisele Valeri, Luiza Torres, Paulo Vasconcelos e Priscila Esteves.

A obra de Saramago ainda deverá inspirar adaptações de títulos como O Homem Duplicado (2002, anunciado para ganhar, em 2017, sua primeira adaptação para os palcos na Espanha) e Memorial do Convento (1982), sob a direção de Dan Stulbach.

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