Senhor do seu tempo, Sérgio Mamberti sai de cena em plena atividade e com série de planos para o teatro

Sérgio Mamberti | Foto: Matheus José Maria

A (inesperada) saída de cena de Sérgio Mamberti na madrugada da última sexta-feira, 03, não apenas calou uma das vozes mais atuantes e lúcidas no cenário político, social e cultural do Brasil, mas também impediu a continuidade da incessante produção artística que o ator vinha planejando para após o fim da pandemia do Coronavírus.

Entre outros trabalhos, Mamberti planejava encenar a obra Um Homem do Caminho, do amigo Plínio Marcos (1935-1999), além de estrelar no palco a montagem de As Três Irmãs ou A Semente da Romã, de Luiz Alberto de Abreu, além de uma adaptação do clássico conto Fausto, de Goethe (1749-1832), que tinha desejo de encenar há anos.

O ator também tinha em vista uma nova turnê com o espetáculo Visitando Senhor Green, de Jeff Baron, no qual dividia a cena com Ricardo Gelli sob a direção de Cássio Scapin. Um projeto orquestrado pelo ator que provavelmente sairá do papel, contudo, é a montagem de A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller (1915-2005) estrelado por Herson Capri.

Mamberti comprou os direitos à época que também produzia o espetáculo Um Panorama Visto da Ponte, do mesmo Miller. Em A Morte do Caixeiro Viajante, o ator assumiria as vezes de produtor ao lado de seu sócio, o filho Carlos Mamberti. A montagem não tem data ainda para estrear, mas é certo que a produção deverá acontecer, mesmo como uma homenagem à memória de Sérgio Mamberti.

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