Núcleo Barro 3 celebra Paulo Freire em peça que questiona caminhos da educação em cenário distópico

Aos Professores, aos Miseráveis, a Paulo, Adeus | Foto: Douglas Scaramussa

A companhia paulistana Núcleo Barro 3 sobe ao palco do Museu da Imigração, em São Paulo, a partir de 18 de setembro, sábado, para celebrar a obra e o centenário do educador e eterno patrono da educação do Brasil Paulo Freire (1921-1997) em Aos Professores, aos Miseráveis, a Paulo, Adeus.

Escrita por Gustavo Braunstein e encenada sob a direção de Lucas França, a obra se debruça sobre uma série de cartas trocadas entre a companhia e participantes do processo de produção, iniciado em fevereiro deste 2021 com conversa transmitida online com a filósofa Márcia Tiburi e em março, quando transformou as mesmas cartas e uma série de solos transmitidos também no universo digital.

Agora, o grupo passa a receber o público no espetáculo estrelado por Rosana Pimenta e que traça uma discussão acerca de uma projeção distópica acerca de um Brasil de 2030, imerso em uma nova ditadura e um forte movimento separatista da região Nordeste.

Em cena, Pimenta dá vida a uma professora que se refugia no Ceará, e, em meio a uma série de trocas de cartas, narra o desenvolvimento (ou a falta dele) no setor da educação, enquanto trava diálogos com a obra de Paulo Freire e dos escritos de O Quinze, de Rachel de Queiroz (1910-2003).

Aos Professores, aos Miseráveis, a Paulo, Adeus fica em cartaz até o dia 09 de outubro, com sessões aos sábados, sempre às 16h. Os ingressos são gratuitos, entretanto o Museu da Imigração receberá apenas 10 pessoas na plateia.

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